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A calvície padrão masculino, também chamada de alopecia androgênica, é o tipo mais comum de perda de cabelo em homens.
As mulheres também podem sofrer de alopecia androgenética, mas a evolução geralmente é mais tardia e mais lenta que no homem.
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Causas da calvície
O que provoca calvície de padrão masculino?
Uma das causas da calvície masculina é a genética, ou seja: ter uma história familiar de calvície, tanto por parte de mãe quanto por parte de pai.
A calvície masculina é associada aos hormônios sexuais masculinos chamados de andrógenos. Os andrógenos têm muitas funções, incluindo a regulação do crescimento do cabelo.
Quando o bebê nasce, há apenas um fio de cabelo fininho por orifício no couro cabeludo, chamado lanugem. Com o crescimento, os cabelos vão engrossando o calibre (fio de cabelo terminal) e passam a ter 2 a 4 fios por orifício, o que dá o volume.
Na calvície do padrão masculino, esse ciclo de crescimento começa a enfraquecer e o folículo capilar reduz em calibre, e o fio passa a ser curto e mais fino, voltando ao estágio de lanugem, com um fio de cabelo por orifício. Este processo é chamado de miniaturização.
Então, há redução no número de fios de cabelo, não exatamente por queda, mas por não reposição dos fios que caem naturalmente, e o que é reposto, passa a ser fininho e curtinho.
Existem outras causas de queda de cabelo que não por genética, leia em aqui e aqui.
A caspa ou seborreia e principalmente a dermatite seborreica no couro cabeludo podem piorar a queda de cabelo.
O padrão de perda de cabelo é diagnóstico para a calvície masculina. Nenhum exame é necessário, a não ser que outra causa tenha que ser descartada.
Fatores de risco
A calvície do padrão masculino pode começar na adolescência, mas ocorre mais comumente em homens adultos, com a probabilidade de aumentar com a idade.
A genética desempenha um papel importante. Os homens que têm parentes próximos com calvície masculina estão em maior risco. Isto é particularmente verdadeiro quando seus parentes estão no lado materno da família, embora o lado paterno também seja fator de risco.
Sinais
A perda de cabelo que começa nas regiões temporais (as entradas) ou no vértice (a coroa da cabeça) é característica de calvície masculina.
Alguns homens terão uma única área de queda. Outros vão evoluir com o encontro das duas áreas para formar um “M”.
Em alguns homens, a calvície poderá continuar até que a totalidade ou a maior parte do cabelo tenha desaparecido.
Tratamento de calvície masculina
Como não é exatamente uma doença, mas uma característica genética, nenhum tratamento é necessário. Porém, convenhamos, a pessoa não nasceu assim e não quer piorar!
Tratamentos estão disponíveis para os homens que não querem deixar a Natureza seguir o seu curso.
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Apesar de diversas propagandas de remédios e outros milagres, atualmente somente há dois tipos de medicações comprovadas e liberadas para este fim: o vasodilatador de uso local, minoxidil e os inibidores da transformação da testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), a finasterida e a dutasterida.
As pesquisas não param e, no futuro, novos tratamentos comprovados estarão disponíveis.
Como a calvície é uma evolução natural da genética da pessoa, o tratamento com medicamentos não cura, apenas controla. Se para o tratamento, a calvície vai continuar a progredir.
E na evolução adiantada da calvície, o tratamento final pode ser o implante capilar
Minoxidil
Minoxidil é um medicamento tópico aplicado ao couro cabeludo na forma de loção a 5%.
O minoxidil é um vasodilatado e melhora a circulação de sangue no couro cabeludo.
Ele retarda a perda de cabelo para alguns homens e estimula os folículos capilares permaneçam com o calibre grosso.
O Minoxidil leva 4 meses a 1 ano para produzir resultados visíveis.
Possíveis efeitos colaterais associados ao minoxidil incluem a secura, irritação, queimação e descamação do couro cabeludo.
Finasterida e dutasterida
Finasterida e dutasterida foram desenvolvidas para o tratamento de hiperplasia prostática benigna.
A finasterida foi inicialmente lançada na dose de 5 mg para o tratamento da próstata e depois também comercializada na dose de 1 mg para o tratamento da alopecia androgenética.
A dutasterida é mais recente e somente tem a apresentação de 0,5 mg para o tratamento da próstata, mas tem sido cada vez mais estudada e prescrita para o tratamento da calvície.
Portanto, o uso de dutasterida para alopecia androgenética é “off lable”, isto é, não está na bula.
Finasterida (1 mg por dia) e dutasterida (0,5 mg por dia), administradas por via oral, aumentam a contagem de cabelos, espessura e crescimento capilar.
O número e severidade de efeitos colaterais é semelhante entre as duas medicações, porém a eficácia da dudasterida é superior à finasterida.
Mecanismo de ação
A finasterida e a dutasterida são inibidores de uma enzima chamada 5-a-redutase do tipo II.
A inibição dessa enzima impede a conversão da testosterona na sua forma ativa, a di-hidrotestosterona (DHT).
Os folículos capilares contêm 5-a-redutase do tipo II.
Em homens com alopecia androgenética, a área calva possui folículos capilares menores e quantidades aumentadas de DHT.
A administração de finasterida e dutasterida a esses homens diminui a concentração de DHT no sangue e no couro cabeludo, o que vai reduzir a ação da testosterona nesta medida.
A finasterida e a dutasterida inibem o processo responsável pela redução do tamanho dos folículos capilares do couro cabeludo, levando à reversão do processo de calvície. Porém, aonde já houve a total atrofia do folículo, não é possível reversão a um cabelo normal.
A finasterida e a dutasterida freiam a progressão da calvície, podendo haver reversão em áreas com folículos ainda viáveis.
Finasterida e dutasterida têm uma maior taxa de sucesso do que o minoxidil.
Dutasterida é muito mais eficaz que finasterida, com os mesmos índices de efeitos colaterais.
A pessoa deve tomar finasterida ou dutasterida por 3 meses a 1 ano antes de ver resultados.
Os efeitos colaterais da finasterida e da dutasterida
A finasterida e a dutasterida são geralmente bem toleradas.
Os efeitos colaterais, normalmente leves, geralmente não resultam na descontinuação da terapia.
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Os seguintes efeitos adversos raramente relacionados à droga foram: diminuição da libido, disfunção erétil e diminuição do volume do ejaculado.
Esses efeitos desapareceram nos homens que descontinuaram a terapia e em muitos que mantiveram a terapia
A finasterida é utilizada também no tratamento de homens mais idosos com hiperplasia prostática benigna em doses 5 vezes superiores à recomendada para alopecia androgenética.
Outros efeitos colaterais relatados na concentração de 5 mg de finasterida, em homens com hiperplasia prostática benigna, são aumento do volume e da sensibilidade da mama; e reações de hipersensibilidade, incluindo edema labial e erupções cutâneas.
A medicação reduz os níveis de PSA (antígeno prostático específico), o que causa leituras inferiores ao normal. O urologista deve ter conhecimento de que o homem faz uso.
Há relato de raros casos de homens que desenvolveram câncer de mama após o uso de finasterida.
É importante a mulher que for tomar finasterida ou dutasterida não deixar de realizar a mamografia de rotina, embora, até o momento, não exista qualquer relato sobre o aparecimento de câncer de mama em mulheres que usaram finasterida.
Implante capilar
Um implante de cabelo é o tratamento mais invasivo e caro para a perda de cabelo.
Os implantes de cabelo funcionam removendo o cabelo das áreas do couro cabeludo que têm crescimento ativo do cabelo (região occipital ou nuca) e transplantando-os para áreas de calvície do couro cabeludo.
São frequentemente necessários múltiplos tratamentos, e o procedimento comporta o risco de cicatrizes e infecções.
A perda de cabelo pode ser prevenida?
Não há nenhuma maneira conhecida de prevenir a calvície do padrão masculino.
Uma teoria é que o estresse pode causar perda de cabelo ao aumentar os níveis de produção de hormônios sexuais no corpo.
Reduzir o estresse sempre!
Referências
- National Health Service (NHS) – Inglaterra
- Portal WebMD
- Portal HealthLine
- Patient – Egton Medical Information Systems Limited
- Merck Manual – Professional version
- Portal MedicineNet
- Portal Medscape
- Mayo Clinic
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